domingo, 30 de março de 2014

PAULO PETTY & LUCAS WALLACE : FIGHT TOUR




Recentemente dois atletas da baixada santista iniciaram uma TOUR pelas academias da região. Inicialmente a ideia era apenas uma visita formal, mas acabou se tornando algo prazeroso e cheio de história.
Uma iniciativa inédita em busca de aperfeiçoamento, troca de informações e uma grande dose de amizade, companheirismo e respeito acima de tudo.
Veja a matéria completa dessa viagem de Lucas Wallace e Paulo Petty dois atletas que protagonizaram essa bela iniciativa.


1: Conte um pouco sobre essa iniciativa, o que levou vocês a terem essa ideia?

Petty - Tudo começou, quando eu estava ajudando o João Fernandes a montar a A.M.T.I ( Associação de Muay Thai Internacional ), então decidimos juntos visitar todas as equipes da baixada, para conversar sobre a A.M.T.I e conhecer a forma de trabalho de cada uma mas o tempo e os afazeres não conspiraram a favor, então meses depois decidi ir sozinho com a finalidade de treinar e convidei o Lucas para ir comigo.

Lucas Wallace: Descobri que o Paulinho tinha vontade de visitar todas as academias na baixada assim como eu, então recebi o convite do Paulinho para irmos juntos fazer esse tour de academias eu já fazia visitas porem na maioria das vezes na equipes de São Paulo em amigos meu, como Wilson Djavan da black lion, Guina Rodrigues da guina team, Clayton Monteiro da BTT São Paulo e então decidimos ir e rodar todas as equipes de Santos e trocar idéias e conhecimentos técnicos..


2: Vocês acham que isso fortalece mais o Muay Thai? E como fica a “rivalidade” que isso, infelizmente não termos como fugir dentro dos eventos.

Petty - Acredito que esse entrosamento,essa amizade entre as equipes,nos aproxima mais do espírito do muay thai ,hoje a baixada passa por uma fase de amadurecimento profissional, onde as antigas caras de mau, estão sendo substituídas por largos sorrisos e fortes apertos de mão.

Lucas Wallace: Em minha opinião a rivalidade sempre vai  existir, porem de forma competitiva e sadia e fica só em cima do ringue mesmo, fora dele a amizade prevalece sempre.


3: Com tudo isso, como vocês podem avaliar o Muay thai em si, como podem ver os aspectos técnicos, treinamentos a sua evolução em si.

Petty: Acho que não cabe a mim avaliar o muay thai, mas posso dizer que reparei que as equipes na baixada se dividem em 3 tipos, as que buscam e tem raízes na Tailândia, as que buscam e tem raízes no muay thai que nos foi ensinado no Brasil por décadas e as que buscam e tem raizes no kick ou K1, resumindo todas estão procurando o conhecimento do verdadeiro e único muay thai e isso é muito bom.

Lucas Wallace: Apesar da ramificação nos deixada no Muay Thai ser grande e errônea, vimos que todos estão procurando a direção certa para o único caminho certo e cada equipe tem sua particularidade, nada foi desperdiçado ,pois tiramos boa lições dos lugares que visitamos e na minha opinião e avaliando em um contexto geral temos muito para melhorar, porém vejo que estamos aos poucos trilhando o caminho certo.

4: O que mais agregou falando pessoalmente, fora do esporte, o que isso acrescentou na vida pessoal de vocês?

Petty: Conhecimento, satisfação, diversão, novos amigos e parceiros de treino.

Lucas Wallace: Mais objetividade no nosso esporte, tirou falsas impressões e vai fortalecer a amizade para vida toda, porque nas visitas sempre fomos tratados sem indiferença nenhuma

5: Vocês tem a intenção de fazer esse mesmo projeto, mas em outras academias, fora da baixada santista?

Petty: Sim, o que dificulta é o tempo e a distância, mas sempre vai existir uma oportunidade.

Lucas Wallace: Não só temos como já tentamos até mesmo nos programar, mas o que 
falta é tempo hábil para isso. Convites já temos e graças a Deus temos portas abertas na maioria das equipes que conhecemos.


6: Aconteceu algum fato interessante nesse projeto? Alguma coisa que marcaram vocês.

Petty: Acho que o mais engraçado, entre eu e o Lucas nessas visitas, é que em todas esperávamos um exército faminto por cabeças, e encontramos muitos amigos, nos divertimos muito, e fomos muitíssimos bem tratados e recebidos em todas as equipes, sem exceção. Mas é claro sem deixar as porradas de lado.

Lucas Wallace: Verdade, sempre antes de sairmos, conferia nossas munições
nossos (EPI) equipamentos de proteção individuais e obrigatórios ( risos ).
Mas o principal pensamento era imaginar como seria a reação de ter alguém visitando a sua academia sem a real intenção de maldade, já que antigamente as visitas eram coisas de às vezes até mesmo fechar a academia e sair na mão de verdade ( risos ).

7: Como atletas profissionais, o que aprenderam de novo e como foi a troca de experiências nesse período?

Petty: Foi muito bacana, tivemos uma diversidade enorme de treinos e estilos de lutadores, treinamos físico, técnico, contato de forma bem diferenciada.

Lucas Wallace: Profissionalmente falando foi uma experiência muito bacana, pois além de toda troca de informações e a diversidade de material humano, podemos notar muitas características e particularidades de cada equipe e agregarmos ao nosso conhecimento tornando-nos assim mais uma vez um aprendiz


8: Em dados quantas vistas foram ao total e quais equipes ?

Vistamos até agora as equipes.
Plaza Fight Team, Cazolari Thai Boxing, Fênix Top Team, CTC – Centro de treinamento Cobra, Gorila Team, Puro Thai, Soldados do rei, Bangkok, Terrier Fight Team, Baixada fúria Team e Víboras.
E tem muito mais equipes na baixada santista que infelizmente até a presente data não foi possível visitar, mas pretendemos visitar , fora as de outra região.

9: Vocês acham que essa iniciativa seria interessante para os demais atletas, visitas entre academias, como vocês imaginam isso se tornando uma realidade?

Petty: Na verdade após começarmos a postar as fotos de nossas visitas, os alunos do Lucas e outras equipes passaram a também fazer visitas, fico feliz em te responder que isso já tornou uma realidade.

Lucas Wallace: Essa iniciativa já esta sendo feita por muitos outros atletas de várias equipes e acho que isso tem que virar hábito e rotina, pois a troca de informações ela tem que ser constante e não algo que fique escondido entre quatro paredes, a informação esta em todos os lugares só não abre o olho quem não quer abrir mesmo, temos revistas, livros,vídeos no youtube então se toda essa informação esta disponível gratuitamente, porque não podemos trocar elas de uma forma mais pratica e eficaz ?


 10: Vocês são praticantes de outras modalidades também, vocês vêem isso dentro das modalidades que praticam? E por que então escolheram o Muay Thai?

Petty: De certa forma eu já participei e presenciei visitas em outras modalidades,acho que a escolha do muay thai vem do fato de termos ela como carro chefe e arte preferida ,misturado com a iniciativa pouco praticada em nossa região, do qual só nos vem a agregar valores.

Lucas Wallace: Sim somos praticantes de outras modalidades e competidores de todas elas também. Nas outras artes que praticamos podemos ver que elas não estão inseridas de uma forma muito errada como o Thai ,porém o Muay Thai tem um encanto único e tem muita informação a ser trocada pelo fato de ela ter sido inserida de forma errada no nosso país. E levando em consideração que a baixada santista esta evoluindo bem, aos poucos todos estão tentando seguir em um único padrão para que a luta não seja questão de força ou conhecimento técnico e sim quem se dedica mais.


11: Resumindo todo esse período qual sentimento vocês agora passariam para quem está lendo essa matéria?

Petty: Não podemos nos igualar aos brigadores de torcidas organizadas, precisamos enobrecer nosso esporte através de atitudes dignas de pessoas centradas e bem equilibradas, lapidadas na disciplina e nos ensinamentos da arte.
A academia e eventos de muay thai, têm de ser um ambiente para a família

Lucas Wallace: E além da academia ter que ser uma ambiente familiar, creio que essa iniciativa tem de ser passada adiante para a informação chegar em todos os lugares porque o Muay Thai é a arte dos livres e ninguém vai levar esse conhecimento próprio para o túmulo então a minha dica é passar a informação adiante.


12: Muito obrigado pela entrevista, e parabéns pela iniciativa aqui fica o espaço aberto, para falarem o que quiser.

Lucas e Petty: Deixamos aqui nossos sinceros agradecimentos a todos que abriram as portas de suas academias para nos receber, eu Paulo Petty agradeço ao Lucas por se aventurar comigo nessa. Eu Lucas Wallace agradeço o convite do Paulinho.
E nos despedimos reforçando a idéia da amizade e da mudança,onde uma mão lava a outra e caminharemos em uma só direção.

Muito antigamente você ia em um evento e levava varias encaradas,a torcida xingava,brigava,você não confiava em uma fruta ou garrafa d'água achando que alguém colocou um laxante ou algo do tipo.
Hoje os lutadores saem juntos, treinam juntos, viajam juntos, usa da mesma área de aquecimento, às vezes você esquece algo e sempre tem alguém para te ajudar: emprestando uma bandagem, capa, coquilha,vaselina ou até mesmo subir ao ringue com você para poder te ajudar na luta.

E isso não é só profissionalismo, isso também é respeito e humildade, quesitos básicos para qualquer praticante de arte marcial.
Um agradecimento especial ao MTBS pela oportunidade de contar alguns fatos relacionados às nossas visitas e a AMTI que basicamente junto com a nossa vontade foi o inicio de tudo...
Sawadee Khun Krap a todos os Nak Muays e Kor Hai Chok Dee !!!



Veja algumas fotos dessa tour.
















terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Qual o seu estilo?




Conversamos com alguns treinadores de grandes equipes para entender melhor sobre o assunto, após pesquisas na internet e alguns estudos, segue um breve esclarecimento sobre o que seriam os estilos e principalmente o que isso reflete nos seus treinamentos. 


O Muay thai é como um jogo, e dentro dele existem as “funções” ou características de cada jogar.
Por exemplo pegaremos o futebol para explicar:
Existe o atacante, zagueiro o goleiro, e também dentro desses existe os atributos individuais que são por exemplo, “um atacante corre ou dribla bem, um zagueiro marca bem corpo a corpo e por ai vai”, e isso, por mais absurdo que seja, também podemos ver no muay thai, existem tipos e estilos de lutadores, aqueles melhor se encaixam ou se adaptam em diferentes situações ou formas de lutar. Um mais baixo, pode se usar de força bruta, socos fortes, um mais alto pode se usar joelhos e clinche ou um lutador mediano pode ser aquele mais pensativo mais calmo que tem tempo para estudar o que fazer.

E isso muitas vezes podem acontecer, dentro dos próprios campos, lá é que são lapidados a melhor maneira que o lutador se sente confortável, na verdade muitas vezes o próprio treinar é quem treina seu aluno de uma determinada forma, dependendo das suas caracteristicas de biotipo, força, da sua forma de pensar e reagir. 
Outro ponto também que pode levar em consideração é que muitos campos já seguem uma tradição ou são formados e conhecidos por criar alunos de determinados tipos e formas de lutar, por isso é importante saber que, o estilo não é apenas um modo de se lutar vazio é sim uma forma de estratégia determinada para que aquele lutador tenha um melhor desempenho considerando as sua caracterista pessoal.

Basicamente os tipos são:
Muay Fimeu, Muay Khao, Muay nak ou muay mat, Muay bouk, Muay Pam, Muay Sok, Muay tei, Muay Sai, Muay Kwo esse são os estilos de lutadores que podemos encontrar,.
Para entender melhor isso, conversamos com alguns treinadores do Brasil reunimos informações importantes para o entendimento.

Vamos agora entender melhor o que quer dizer cada nome.












Gostou? Quer contribuir? Mande a sua informação, correção, sugestão ou crítica esse canal é aberto. 
Email: contatomtbs@gmail.com.br
Facebook: facebook.com/muaythaibaixadasantista

*Esse artigo contou com a colaboração de Luiz Rico ( Plaza Fight Team ), Leonardo Augusto e Sandro de Castro ( Thai Center ).


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

HIGHLIGHT - #1




Inauguramos a sessão highlights, que irá mostrar os melhores momentos de vários lutadores espalhados pelo Brasil. 
Se você tem um highlight e quer divulgar seu trabalho nos envie com suas principais informações. 
Também caso deseja ter um highlight altamente profissional para uma melhor visualização do seu trabalho, entre em contato para saber como produzir juntamento conosco e a HIGHLIGHT productions um video de qualidade em edição. 

- contatomtbs@gmail.com

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E para começar contamos com um highlight do atleta Julio Lobo, representante da equipe Bravo Team morador do Litoral de São Paulo. 

Quanto tempo de treino?
- 4 anos e 10 meses

Qual equipe representa?
- Bravo Team

Quantas lutas?
- 19 / 15 vitórias e 4 derrotas

Qual seu maior sonho?
- Ir a Tailândia treinar e lutar

Qual seu(s) ídolo(s)?
- Cosmo Alexandre, Kem Sitsongpeenong e Saenchai


domingo, 15 de setembro de 2013

THAI KIDS O FUTURO COMEÇA AQUI





Um evento promissor que cresce a cada edição o Thai Kids, vem pra mais uma edição. 
Pra quem acompanha pode ver a evolução, sempre dentro dos patrões tradicionais vem cada mais mais se consolidando como uma fábrica de talentos. Uma grande oportunidade para os jovens lutadores do Brasil, por que eventos assim e tão bem organizados e comprometidos a realmente auxiliar, promover e dar esperança a um atleta são raros.

No Brasil eventos assim dificilmente são encontrados, que realmente irão preparar jovens talentos para um futuro e o Thai Kids vem fazer esse papel de lapidador dentro de um esporte que entre os jovens é muito pouco conhecido. E por isso que o foco principal é dar oportunidade além de acrescentar experiência a quem está começando e também mostrar que o Muay Thai é acessível a qualquer idade e para isso basta apenas iniciar. 

O Thai Kids é um evento que vem para contribuir ainda mais para o Muay Thai no Brasil com a ideia de começar a regar desde cedo os frutos de algo que no Brasil cresce a cada dia. 
E além de tudo isso, poder dar novos rumos a jovens em tempos tão caóticos vai além de esporte é como se fosse uma espécie de trabalho social.
Tudo tem um começo e o Thai Kids é uma enorme porta para esse começo, por isso é importante que aos que estão trabalhando direto ou indiretamente com o Muay Thai apoie e participem.



Mas também além de ser um evento que da oportunidades o Thai Kids não se "auto sustenta", por isso precisa de apoiadores e patrocinadores, e para que essa realidade seja a realidade de muitos outros precisam de pessoas, empresas que estejam caminhar lado a lado com essa proposta inovadora e também para incentivar a outras a acreditar no futuro do esporte. 

O Thai Kids acontece dia 8 de dezembro e contará com um super GP 57 kilos que conta com grandes nomes do cenário nacional. 
Apoie valorize o esporte contribua para que isso aconteça mais e mais vezes que jovens e crianças possam levar o nome da nossa bandeira a outros continentes e poder viver desse esporte. 

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CONTATO
saovicentethaikids@gmail.com


FACEBOOK  


sábado, 31 de agosto de 2013

TAINÃ E A BUSCA POR UM SONHO




"Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances. A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, faz dos idosos, jovens, e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos. Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.

Sonhe!
Augusto Cury"

O autor Augusto Cury nesse pequeno trecho de um de seus livros de uma bela definição do que podemos chamar de “sonho”. Somos pessoas muito individuais, mesmo convivendo com milhares de outros seres a nosso redor diariamente transitando no em nosso caminho, somos pessoas que vivem mundos individuais e com isso criamos expectativas, focos e sonhos particulares que sempre fará muito mais sentido para nós mesmo do que para os outros e isso se encaixa a todo mundo, as pessoas podem até entender e te apoiar, mas nunca vão sentir a intensidade que você próprio sente.
Tainã Santos Duarte não é diferente, a jovem lutadora de São Vicente com apenas 22 anos poderia ser igual à maioria das meninas de sua idade, mas não, URSA como é conhecida, tem um sonho que lápida diariamente um sonho que pra alguns como ela mesmo diz, pode ser loucura, mas para ela é o combustível de sua vida.
Ser lutador não importa a modalidade, do sexo feminino que infelizmente ainda é um universo muito machista e de uma modalidade pouco conhecida e expandida como é o Muay Thai torta o caminho ainda mais árduo, mas ursa, como uma ursa, vence os desafios encontrados, creio que esse apelido seja fruto de sua personalidade focada sempre e muito direta mais que na verdade mesmo esse apelido “ursa” vem da sua grandeza, vontade determinação e imponência que vive atrás do seu objetivo.

“Muay thai é minha vida, preciso dele pra me sentir bem, alguns me dizem que é um esporte ingrato, mas eu não ligo sou nova o suficiente pra arriscar é meu trabalho”

Tainã que recentemente foi campeã do GP MANOP GYM realizado em São Paulo no dia 25 de agosto ao derrotar a atleta de Sergipe, Tainã conseguiu a tão sonhada bolsa e agora enfrenta mais uma batalha, a luta por um patrocínio para ir à Tailândia.
Muitos sabem o quão árduo esse caminho, mas Ursa, mas uma vez está determinada a conquistar o tão almejado sonho e conta com uma bela estrutura seja de relacionamentos e o total apoio de sua equipe, e mesmo assim os recursos financeiros são muito altos e para isso a luta agora é para ajudar Tainã a conquistar um patrocínio.
No país do futebol pedir um patrocínio para uma modalidade como o Muay Thai é complicado, mas o que importa aqui é avaliar o potencial produtivo do atleta, às vezes precisamos sair da caixa, pensar de forma inovadora para se destacar, do que adianta estar onde todos estão.

Por isso para que seu produto seja visionário é preciso investir onde poucos estão dispostos a investir e dar alguém a oportunidade de viver daquilo que ama e as
Sim fazer com que um grande mercado seja criando em torno de algo tão desconhecido.

Tudo começa de um primeiro passo, se não tivesse a primeira empresa investindo no futebol talvez ele não fosse tão popular.
Não importa a modalidade potencial não se encontra em qualquer lugar muito menos em qualquer atleta, com conhece  Tainã fica evidente a sua paixão pelo esporte basta olhar nos seus olhos e ver como eles brilham quando se fala sobre o assunto, o maior investimento que alguém pode dar além do financeiro é o de poder fazer alguém viver daquilo que tanto ama, e não tenha dúvidas nenhuma que não é preciso se quer algum tipo de cobrança que o retorno é inevitável.

Dê o primeiro passo, arrisque-se e acredite oportunidades não aparecem todos os dias, pessoas com a alma cheia de dedicação não caem do céu e nem são criadas em laboratório são colocadas para brilharem sempre.

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Matéria do site Globo Esporte A Tribuna.
http://goo.gl/BgvE3p

Contato.
jk.thai@hotmail.com













sábado, 3 de agosto de 2013

A BATALHA DE ROBIN




As vezes procuramos em diversas coisas um sentido da palavra coragem e determinação, ou a tal famosa expressão "coração", muitas vezes vamos atrás de videos motivacionais, daqueles que a pessoa não desiste nunca, vai até o final, não importa as adversidades, então a partir de agora, acrescente esse vídeo a sua lista de "motivação". Mas, veja reveja e triveja ( si é que essa palavra existe) mas não para ver e esquecer é para ficar guardado na memória. 

O Atleta Robin, natural de Goiás, que está no campo ManopGym na Tailândia, recentemente fez uma luta no minimo histórica, no minimo! 
Enfrentando um adversário visivelmente mais, muito mais pesado mas também visivelmente menos técnico, Robin, nos deu uma aula de coração, coragem, perseverança e acima de tudo muita, mais muita técnica. Sinceramente, é emocionante, Robin em momento nenhum, se abalou pelo seu adversário mais forte, em nenhum momento mencionou desistir até quando quando seu adversário aplicava golpes ilegais, fruto de quem está realmente abalado. 

Mas Robin não lutou sozinho ao assistir o vídeo podemos ver o publico junto com o atleta sabendo da sua aparente "desvantagem", e como se não bastasse no quesito "sozinho" Robin ainda lutou junto com um corte que incansavelmente não para de sangrar, e como estamos falando da Tailândia, a luta transcorria normalmente, com apenas uma paralisação para estancar o sangue. 
Mas sem adiantar muito, se você ainda procura situação para se motivar, assista essa incrível luta e entenda que podemos ser maiores que nossos medos e adversidades basta crer em si mesmo. 

Parabéns ao Robin, digno de muito respeito e admiração por todos nós, que aqui no Brasil lutamos por um Muay Thai melhor, e que quando vemos brasileiros lá na Tailândia lutando de forma magnífica é resultado que temos pessoas sérias fazendo um trabalho honesto e profissional e com isso nos mostra que estamos no caminho certo. 
Mas uma vez, parabéns pela incrível luta e demonstração de coragem, com certeza isso foi uma lição para muitas pessoas que se nos dedicarmos muito treinamos muito somos capazes de enfrentar nossos medos.
E segundo o próprio atleta, isso é fruto de um trabalho duro e sério do seu professor Jefferson Mendanha ( Monge ) que sempre o colocou com atletas mais fortes para ele lutar.

















Fotos: Arquivo Pessoal e Tiger Muay Thai

sábado, 13 de julho de 2013

A MENINA QUE LUTA COM MENINOS




Phetjee Jaa O. Mee Khun nasceu na província de Sisaket no nordeste da Tailândia (Isan) em 31 de dezembro de 2002 (Thai: 2544), a caçula de três filhos. 
Quando tinha 7 anos de idade, ela foi inspirada por seus dois tios (os irmãos mais novos de sua mãe) e ela queria ganhar dinheiro para sua família lutando Muay Thai. Ela foi clara sobre isso desde o início - ela queria trabalhar como um lutadora de Muay Thai. Seus pais estavam apreensivos, mas decidiu deixá-la tentar depois que ela pediu seu pai para lhe dar uma chance. Sua primeira luta foi contra um menino, no Estádio Mongbondaeng em Chonburi. Phetjee Jaa perdeu a luta e recebeu apenas 400 baht (US $ 13 USD) para a bolsa e os pais dela achava que ela tinha tentado isso e não queria mais lutar. Mas Phetjee Jaa insistiu em continuar e seus pais a apoiaram. Ela e seu irmão mais velho Mawin queria treinar e lutar.

Após 5 lutas Phetjee Jaa encontrou uma academia para treiná-la, o ginásio Toyota em Rayong. No entanto, após um ano de treinamento lá, Phetjee Jaa soube que eles apoiavam muito lutadores do sexo feminino.
E foi então que o seu pai decidiu investir na construção de uma academia em sua casa para Phetjee Jaa e seu irmão Mawin. Era uma despesa considerável, custando cerca de 10 mil Baht, além disso a família precisaria comprar um caminhão para transportar os lutadores para as lutas. O pai das crianças se tornou seu treinador, desenvolvendo suas habilidades no ginásio família chamada Mee Khun, que significava Muitas obrigações e Phetjee Jaa começou a lutar por todas as províncias do Nordeste e do Sul, ganhando experiência e um nome para si mesma. Phetjee Jaa havia lutado com mais de 20 meninas e mais de 70 meninos.

Ela também é uma assídua estudante. Ela vai para a escola aos fins de semana, embora ela e seu irmão são lutadores profissionais, o seu salário já consegue ajudar a sua familia, o nome e a fama de Phetjee Jaa são maiores e sua "fila de luta" é constantemente cheia, permitindo que lute 3-4 por mês e ganhando uma média de 30 mil Baht, além de indicações de lutadores. A maior parte desse dinheiro vai para os custos de diárias, bem como despesas de viagem (pagamentos no caminhão, gás, etc).
O nome e a reputação da Phetjee Jaa cresceu e ela agora é conhecida toda a Tailândia. Ela recebe ofertas dos ginásios para vir morar e treinar com eles e lutar sob seu patrocínio, mas a mãe de Phetjee Jaa explica que ela não quer que sua filha seja pressionada pelas obrigações contratuais que vêm com a assinatura de um ginásio fora o da família. (É interessante notar que Phetjee Jaa poderia ganhar mais a partir de suas bolsas de luta com a gestão de um grande ginásio, certamente, permitindo-lhe continuar a sustentar a família, e isso não é apenas uma questão de quem está a gerir / lucrar com o trabalho / fama.)

Ela é uma filha obediente e trabalhador. Ela leva 2 dias de descanso depois das lutas e, em seguida, retoma sua programação de treinamento regular de imediato. Ela corre 10 km  a cada dia e pula corda treina todos os dias no período da manhã e à noite com a escola no meio. Seus pais estão muito orgulhosos dela e falam muito de sua ausência e do medo de a lesão ou cansaço. A comunidade do Muay Thai tem orgulho dela também. Samart Payakaroon, um dos mais famosos  lutadores de Muay Thai dos tempos modernos, fala muito com ela, reconhecendo sua habilidade e coração, assim como ele diz que ela é  como homem de peito largo ("homem com três cotovelo a ponta do dedo medidas "), o que significa dizer que ela é - aos 11 anos já - o que representa a masculinidade e a honra de Muay Thai.

Phetjee Jaa não falta para as lutas e aos 11 anos tem mais de cem lutas. Não há dúvida de que ela vai representar uma nova possibilidade para as mulheres no Muay Thai, como ela já está fazendo exatamente isso. Ela espera continuar lutando para sustentar sua família e tem como objetivo lutar nas Olimpíadas (boxe ocidental). A minha esperança é que as oportunidades e realizações do Phetjee Jaa permaneçam
desobstruídas por sua singularidade e que, como seu corpo pouco sexuado a menina desaparece, ela não se resigne com limitações pré-existentes com ela. 












Fonte: